quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Deficiência visual e suas divisões...

A visão é um sentido muito importante para o desenvolvimento humano e o que mais informações fornece sobre o ambiente. Por ela adquirimos mais da metade dos conhecimentos a respeito do mundo que nos cerca.

A formação da imagem visual deriva de uma rede integrada, da qual os olhos são apenas uma parte, envolvendo aspectos fisiológicos, sensório-motores, perceptivos e emocionais e todo o aparelho visual deve estar íntegro, para que a visão se processe normalmente.

A retina, camada interna do olho, possui uma rede de células nervosas, sendo a mácula o ponto central da visão, responsável pela melhor acuidade visual e pela nitidez das imagens. As informações da retina central e periférica são conduzidas pelas vias óticas ao cérebro, onde são interpretadas as imagens; qualquer problema no globo ocular, nas vias óticas ou regiões corticais levará à dificuldade visual.

Assim, é a coordenação entre o sistema visual e o cérebro que nos possibilita perceber e compreender o ambiente.

A educação da criança com deficiência visual deve considerar alguns fatores que podem ter influência, tais como: a fase da vida em que surgiu a deficiência, o tempo transcorrido desde a perda, a forma como ocorreu o problema, gradual ou subitamente.

A pessoa com deficiência visual pode ser cega ou ter baixa visão. Se a deficiência atingir um só olho, não se caracteriza a deficiência visual.

(Texto extraído do Manual – A inclusão do aluno com baixa visão no ensino regular – Orientações aos professores da escola regular. Uma publicação do Ministério da Educação/Secretaria de Educação Especial em parceria com Laramara, pág. 11, 2006)



CEGUEIRA
Do ponto de vista legal, a cegueira é caracterizada pela acuidade visual corrigida menor que 20/200 no melhor olho ou campo visual menor que 20º. Essa definição é usada para concessões de benefícios ou isenções. Já do ponto de vista educacional, consideramos pessoas cegas aquelas que apresentam desde a ausência total de visão até a perda da projeção de luz. Seu processo de aprendizagem se fará através dos outros sentidos (tato, olfato, audição, paladar), utilizando o Sistema Braille como principal meio de comunicação escrita.


BAIXA VISÃO
Segundo a OMS (Bancoc, 1992) uma pessoa com baixa visão é aquela que apresenta alterações na sua funcionalidade, mesmo após tratamento e/ou correção óptica, com acuidade visual menor que 20/70 até percepção de luz (sendo a normal equivalente a 20/20); campo visual inferior a 10% do seu ponto de fixação; alterações na sensibilidade aos contrastes e cores; dificuldade de adaptação à iluminação mas com capacidade potencial de utilização da visão para o planejamento e execução de tarefas. Para fins educacionais, adotamos a seguinte definição:As pessoas com baixa visão são aquelas que apresentam “desde condições de indicar projeção de luz até o grau em que a redução da acuidade visual interfere ou limita seu desempenho”. Seu processo educativo se desenvolverá, principalmente, por meios visuais, ainda que com a utilização de recursos específicos”. (SEESP/MEC, 2006)

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